O judô não é simplesmete a arte de lutar, pois carrega também consigo uma filosofia de vida (como a palavra judô, que significa "caminho da suavidade" sugere). o judô, assim como quaisquer outras artes marciais, não existem para serem usadas para a violência, mas sim para o auto-aprimoramento tanto físico quanto intelectual.
Índice[esconder]
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O judô apresenta muitas técnicas, agrupadas em (1) nague-waza (técnicas de arremesso), composta por dois subgrupos: o primeiro, tachi-waza (técnicas de projeção em pé), envolve técnicas de ashi-waza (técnicas de perna), te-waza (técnicas de braço) e koshi-waza (técnicas de quadril), enquanto o segundo subgrupo é composto por sutemi-waza (técnicas de sacrifício), dividido em yoko-sutemi-waza (técnicas de sacrifício laterais) e ma-sutemi-waza (técnicas de sacrifício frontais), e; (2) katame-waza (técnicas de controle; normalmente utilizadas no combate no solo) – ossae-waza (técnicas de imobilização), shime-waza (técnicas de estrangulamento) e kansetsu-waza (técnicas de chave articular). Essas técnicas são pontuadas de acordo com a projeção resultante, o tempo de imobilização ou submissão do adversário. A punição do oponente é outro meio de se obter pontuação (MIARKA, 2011)[1]. Na aplicação de waza (técnicas), tori é quem aplica a técnica e uke é aquele em que a técnica é aplicada. As técnicas do judô classificam-se em:
Nage-waza (em japonês: 投げ技) é o conjunto de técnicas que, engloba outras técnicas de projeção e/ou arremesso do adversário.
As técnicas de nage-waza são normalmente ensinadas em cinco fases, conhecidas por gokyo-no-waza. Essas fases começam pelas técnicas básicas, prosseguindo até as mais avançadas.
Dai-ikyo
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Dai-nikyo
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Dai-sankyo
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Dai-yonkyo
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Dai-gokyo
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Habukareta Waza (técnicas preservadas da primeira versão do Gokyo 1895)
Técnicas reconhecidas apenas pelo FIJ e não pelo Kodokan
Kinshi-waza (técnicas proibidas em randori e shiai)
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Shinmeisho No Waza (novas técnicas reconhecidas em 1982 e 1987)
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Também chamadas de ne-waza, são um grupo composto que incluem técnicas de imobilizações (osaekomi-waza), técnicas deestrangulamentos (shime-waza) e técnicas de articulação (kansetsu-waza).
As técnicas de arremesso e as técnicas de domínio no solo são inseparáveis, ambas trabalham juntas auxiliando uma a outra para decidir uma vitória ou uma derrota, sendo katame-waza as seqüências de um arremesso, assim as técnicas de nage-waza possuem um grande poder. A melhor e mais correta ordem a seguir no aprendizado das técnicas de domínio no solo é começar com as imobilizações, seguindo com os estrangulamentos e terminando com as técnicas de articulações.
Esforce-se primeiramente no conhecimento das técnicas de imobilização até que os movimentos principais façam parte da reação natural do seu corpo. Esta é a maneira mais eficaz e o caminho mais rápido para progredir nas técnicas de domínio no solo. Desenvolva o seu corpo forte e flexível e um espírito de perseverança.
O equilíbrio é a lei primordial que rege o judô. Assim quando se perde o equilíbrio sujeita-se a quedas. E, como é natural, se não soubermos amortecer o contato do nosso corpo com o solo, estamos sujeitos a nos machucar.
Para evitar isso existe o que chamamos ukemi-no-waza. Saber cair é a base indiscutível das projeções. É necessário um treino metódico e perseverante, para vencer o medo da queda. Essa superação nos permite progredir nos conhecimentos do judô. Assim teremos um espírito aberto para ataque e defesa, aplicando os movimentos com rapidez e precisão. As direções fundamentais para ukemi são:
Para uma eficiente aplicação das técnicas, o judoca deverá procurar a posição adequada, normal ou momentânea, de acordo com o transcorrer da luta, podendo ser natural ou autodefesa.
São as formas corretas de deslocamento sobre o tatame, salientando os seguintes detalhes: andar descontraidamente, mantendo os joelhos e tornozelos flexíveis, sem cruzar os pés. Deslocar-se em todas as direções deslizando os pés, fazendo o contato com o solo com a borda externa da planta dos pés, calcanhares ligeiramente levantados. Acompanhar os passos de seu oponente, se este empurra você recua, se puxa avança. Se o adversário o puxa, não resista mova-se com ele. Do mesmo modo não resista quando empurrado, se resistir o seu corpo torna-se rígido e perde facilmente o equilíbrio. Movendo-se no mesmo sentido do adversário é-lhe mais fácil controlar o corpo dele e desequilibrá-lo.
Para uma eficiente defesa contra as técnicas do adversário, deve-se mover o corpo com a máxima leveza, mantendo-se uma constante posição de equilíbrio. É importante lembrar que um trabalho de pés rápido, mas em perfeita estabilidade, é a base de todos os movimentos do corpo, podemos citar alguns movimentos:
Shinsei é a posição base para todos os movimentos. Por isso um shinsei correto facilita a rapidez e a precisão na aplicação das técnicas.
Deve-se adotar sempre o shinsei para que a todo o momento seja possível uma pronta mudança de posição. O peso do corpo é igualmente distribuído por ambos os pés, sobretudo sobre a ponta dos dedos. São as seguintes posições:
Refere-se às técnicas de desequilíbrio; a prática de judô baseia-se no equilíbrio, portanto é um estudo de grande importância já que através dele aplicamos todas as projeções.
Para estudar as direções em que podemos desequilibrar, deve-se considerar o seguinte: O centro de gravidade do homem situa-se no baixo ventre. Sendo assim, quando aperpendicular traçada a partir do centro de gravidade até o solo cair fora do polígono de sustentação, encontra-se desequilibrado. Este desequilíbrio dá origem, nos praticantes, a oito direções designadas por happo-no-kuzushi; para frente; para trás; para direita; para esquerda e quatro oblíquas derivadas, assim como muitas outras. Assim quando o adversário se encontra em desequilíbrio para frente, temos de continuar o desequilíbrio, projetando-o para frente. Faremos para trás, quando se encontra em desequilíbrio para trás. Tendo em conta a advertência anterior e praticando com assiduidade e perseverança, progrediremos constantemente na prática deste desporto.
É a relação entre a sua posição e a do adversário. É colocar o seu corpo na melhor posição para aplicar a projeção, enquanto continua a desequilibrar o adversário.
Tentar fazer uma projeção antes de estabelecer um tsukuri correto é pura perda de energia.
É a aplicação da projeção, obedecendo a seqüência: kuzushi, tsukuri e finalmente kake. Vale ressaltar que judô é usar a posição do adversário em benefício próprio e não projetá-lo por superioridade de peso ou força.
Ao aplicar uma projeção, usa-se o corpo suavemente como uma só unidade. Todas as partes do corpo devem atuar em harmonia. Se bem que em cada projeção se dê maior ênfase à utilização de determinada parte do corpo, tal como mãos, quadris ou pés, em qualquer projeção é importante o movimento de todo o corpo. A parte do corpo a que se faz menção serve para orientar a projeção do adversário.
Portanto estas três fases são muito importantes para execução perfeita das técnicas. Elas podem ser observadas no nage-no-kata (formas convencionais de projeção).
Jiu-Jitsu,
O jiu-jitsu possibilita a um adversário mais fraco vencer um adversário mais pesado através do uso de uma boa técnica. O praticante de jiu-jitsu aprende golpes que forçam o seu adversário a desistir da luta, sem que seja necessário machucá-lo.
Os golpes mais freqüentes no jiu-jitsu envolvem as articulações, estrangulamentos, imobilizações, torções e alavancas. Os golpes válidos são aqueles que procuram neutralizar, imobilizar, estrangular, pressionar, torcer articulações e lançar o adversário ao solo através de quedas. Existem, porém, golpes que não são válidos e são considerados desleais, como morder, puxar cabelo, enfiar os dedos nos olhos, atingir os órgãos genitais ou ainda torcer dedos.
Conheça algumas das técnicas mais aplicadas:
- Projeção/queda
É qualquer desequilíbrio do adversário que faça-o ser projetado ao chão, tanto de costas como de lado. Na luta em pé, é válido quando o adversário cai na área de segurança, desde que o atleta que aplicou o golpe tenha dado início ao mesmo com os dois pés dentro da área de combate.
- Baiana
O atleta agarra nas pernas do adversário levando-o ao chão.
- Passagem de guarda
É quando o atleta fica por cima do adversário. Ele pode até mesmo estar entre as pernas do adversário, preso ou não. Se ele estiver por cima de apenas uma perna e preso pela outra, é considerada “meia guarda”. A passagem de guarda propriamente dita ocorre quando o atleta toma o lugar do adversário, mantendo-o dominado e deixando-o de lado ou de costas para o chão.
![]() Imagem cedida pela Academia Gracie Barra Passagem de guarda |
![]() Imagem cedida pela Academia Gracie Barra Passagem de guarda |
- Pegada pelas costas
Ocorre quando o atleta pega seu adversário pelas costas, apoiando os seus calcanhares nas coxas do adversário. Para valer ponto, os dois calcanhares devem obrigatoriamente estar pressionado a parte interna da coxa do adversário.
- Joelho na barriga
Ocorre quando o atleta que está por cima do adversário coloca o joelho na barriga dele. Nesse momento a outra perna deve estar flexionada, com os pés no solo. Além disso, é necessário segurar o braço, a gola ou a faixa do adversário, dominando-o completamente.
- Montada
Acontece quando o atleta monta em cima de seu adversário, deixando seus joelhos e pés no chão. O adversário poderá estar de frente, de lado ou até mesmo de costas. A montada poderá acontecer sobre um dos braços do adversário, mas nunca sobre os dois – nesse caso não será considerada válida.
- Raspagem
Ocorre quando o atleta que está por baixo, consegue prender o seu adversário dentro de suas pernas e rapidamente desequilibra-o para o lado, invertendo a posição. Só é considerado válido como raspagem se o golpe tiver início dentro da guarda ou meia guarda (prender o adversário por apenas uma perna).
![]() Imagem cedida pela Academia Gracie Barra Raspagem |
![]() Imagem cedida pela Academia Gracie Barra Raspagem |
Durante as competições os golpes podem ou não ser aplicados de acordo com a faixa etária e/ou graduação do lutador. São eles: bate estaca, chave de bíceps, mão de vaca, triângulo puxando a cabeça, chave de pé, chave de joelho (leg-lock), cervical, mata leão de frente, ezequiel, chave de panturrilha, omoplata, gravata técnica de frente, kanibassami, chave de calcanhar, entre outros.
![]() Imagem cedida pela Academia Gracie Barra Omoplata |
![]() Imagem cedida pela Academia Gracie Barra Omoplata |
Para aplicar os golpes, os lutadores precisam de muito treino. Um lutador de jiu-jitsu precisa ser muito rápido, flexível e ágil. Normalmente as aulas têm início com aquecimento, explicação da técnica/golpe e, em seguida, os alunos de jiu-jitsu lutam uns com os outros procurando aprimorar o golpe.